segunda-feira, 20 de junho de 2011

Consagração de LUGARES, SOLO, CÍRCULO, Etc.

Quando quiseres consagrar um local ou um círculo, deverás tomar a oração de Salomão usada na dedicação e na consagração do templo. Deverás também abençoar o lugar aspergindo água benta e fazendo sufumigações, e, na ação de graças, celebrar os mistérios santos tais como a santificação do trono de Deus, do monte Sinai, do tabernáculo da aliança, do santo dos santos, do templo de Jerusalém; também da santificação do monte Gólgota pela crucificação de Cristo, a santificação do templo de Cristo, etc. deves também invocar todos os nomes divinos relacionados a isto, como o lugar de Deus, o trono de Deus, o assento de Deus, e outros nomes divinos deste tipo, que devem ser escritos ao redor do circulo ou do lugar a ser consagrado.

Na consagração de instrumentos e de cada coisa usada nesta arte, deverás proceder da mesma maneira, aspergir com água benta, fazer sufumigação, ungir com azeite santo, selar com um selo sagrado, abençoá-los com oração e celebrar coisas sagradas tiradas das Escrituras, juntarem nomes divinos correspondentes às coisas a serem consagradas, como, por exemplo, na consagração da espada devemos nos lembrar do trecho do Evangelho: “aquele que tem dois mantos”, etc., e do trecho do segundo livro dos Macabeus, onde se fala que uma espada foi enviada por intervenção divina para Judas Macabeu, e se há algo semelhante nos profetas, como: “tomai espadas de dois fios”, etc. E deves também consagrar da mesma maneira as experiências e os livros, e coisas como escritos, desenhos, etc., aspergindo-os, perfumando, ungindo, selando, abençoando, junto com celebrações sagradas e chamando à lembrança a santificação dos mistérios, como a tábua dos dez mandamentos entregue por Deus a Moisés no monte Sinai, a santificação do Velho e do Novo Testamento, assim como da lei, dos profetas e das Escrituras reveladas pelo espírito santo. Deves mencionar nomes divinos convenientes a isso, como o testamento de Deus, o livro de Deus, o livro da vida, o conhecimento de Deus, a sabedoria de Deus e outros. A consagração pessoal é realizada com ritos deste tipo.

Além desses, há outro rito de consagração, poderosíssimo e muito eficaz. É baseado no sobrenatural, transferindo o rito da consagração ou o resultado de qualquer sacramento da Igreja para a coisa que queremos consagrar.

Devemos dizer que juramentos, oblações e sacrifícios também têm o poder real e pessoal de consagração. São combinações entre os nomes com os quais são feitos e nós que o fazemos, carregadas com o desejo intenso dos efeitos que pretendemos, como quando sacrificamos usando certos nomes ou fumigações, unções, anéis, imagens, espelhos e algumas coisas menos materiais, como caracteres, selos, pentáculos, encantamentos, orações, desenhos e escrituras Sagradas.

Consagração do AZEITE

Na consagração do azeite e dos perfumes devemos mencionar coisas que sejam consonantes com este propósito, como o azeite sagrado para a unção mencionada no Êxodo, os nomes divinos que o indicam. Assim é o nome de Cristo, que significa o ungido, e todo o mistério relativo ao azeite encontrado nas Escrituras, como as duas oliveiras mencionadas no Apocalipse que destilam o azeite sagrado para as lamparinas que ardem perante a face de Deus.

Consagração do FOGO

Na consagração do fogo devemos celebrar que Deus criou o fogo pêra ser seu instrumento de execução da justiça, para o castigo, a vingança e a expiação de pecados. Quando Deus vier para julgar o mundo, enviará uma conflagração de fogo diante de Si. Devemos mencionar também que Deus aparecerá a Moisés numa sarça ardente e que caminhou diante dos filhos de Israel numa coluna de fogo, e que nada pode ser devidamente oferecido, santificado ou sacrificado sem o fogo; e como Deus instituirá o fogo permanentemente aceso no tabernáculo da aliança, e como reacenderá este fogo milagrosamente quando fora apagado, e como em outra ocasião protegeu-o aceso escondido nas águas, e coisas desse tipo. Devem ser invocados também os nomes de Deus consonantes com isto, pois lemos na lei dos profetas que Deus é o fogo que tudo consome, e outros nomes divinos que signifiquem fogo, como gloria de Deus, luz de Deus, esplendor e resplandecência de Deus, etc.

Consagração da ÁGUA

Na consagração da água devemos celebrar que Deus colocou o firmamento em meio às águas, assim como colocou a fonte das águas no paraíso terrestre, de onde surgiram os quatro rios sagrados que irrigaram a terra inteira (Píson, Gion, Tigre e Eufrates). Devemos também lembrar que Deus fez das águas seu instrumento de justiça, destruindo os gigantes quando o dilúvio cobriu a face da terra inteira, que destroçou os exércitos do Faraó no mar Vermelho, que conduziu os filhos de Israel pelo deserto e pelo meio do leito do rio Jordão, que fez jorrar água, milagrosamente, das pedras no deserto, que, respondendo à prece de Sansão, fez jorrar água da mandíbula de um asno, que fez da água seu instrumento de misericórdia e salvação para expiar o pecado original, que Cristo foi batizado no rio Jordão e com isto santificou e purificou as águas. Devemos também invocar certos nomes divinos correspondentes, como os que significam que Deus é a fonte da vida, água vivificadora, fonte de misericórdia e nomes desse tipo.

Sobre a Consagração de todos os Instrumentos e os Materiais Mágicos

A virtude das consagrações consiste principalmente em duas coisas, ou seja, o poder da pessoa que faz a consagração e a virtude da oração pela qual se faz a consagração.

Exige-se firmeza, fidelidade e vida santa da pessoa que faz a consagração. Ela deve crer com fé indubitável na virtude, no poder e no efeito da consagração.

A oração usada para a consagração é criada por inspiração divina ou composta de diversos trechos das Escrituras Sagradas que celebrem alguns dos extraordinários milagres de Deus, efeitos, promessas, sacramentos e coisas sacramentais, os quais existem em profusão.

Devem-se invocar nomes divinos que tenham correlação com o trabalho em questão, assim como aspergir com água benta fazendo ações de graça e expiações, ungir com azeite santo e fazer sufumigações aromáticas. Em cada consagração geralmente se abençoam e se consagram a água, a terra, o azeite, o fogo e sufumigações, etc., na presença de velas ou lamparinas acesas, pois sem luzes nenhuma consagração pode ser realizada apropriadamente. Deves observar especialmente o seguinte: quando pretenderes usar alguma coisa impura (a que chamamos de profana), antes de qualquer coisa deve purificá-la por um exorcismo composto especialmente para este propósito. Purificadas, estas coisas estarão em ótimas condições de receber influencias da virtude divina. Deves observar também que no final de uma consagração, depois de realizada corretamente a oração, o operador deve abençoar as coisas consagradas emitindo alguma sentença com virtude e autoridade, e assim encerrar a cerimônia devidamente com uma disposição sincera e atenciosa. Agora mencionarei em alguns novos posts a melhor forma de conduzir ao procedimento correto.

domingo, 19 de junho de 2011

Aldebaran

Alpha Tauri (α Tau) conhecida como Aldebarã ou Aldebaran é a estrela mais brilhante da constelação Taurus. É também designada pelos nomes de Cor Tauri; Parilicium ou ainda, pelos códigos HR 1457 e HD 29139. Na Grécia antiga era conhecida como "tocha" ou "facho".

Se imaginarmos a imagem sugerida para a constelação, a estrela ocupará sensivelmente a posição do olho esquerdo do Touro mítico. O seu nome provém da palavra árabe الدبران al-dabarān que significa "aquela que segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado estelar das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu noturno. Quase parece que Aldebarã pertence ao mais disperso dos enxames estelares (as Híades) que constitui, também, o aglomerado mais próximo da Terra. Contudo, a maior parte dos autores crê que, na verdade, está apenas localizada na mesma direção da linha de visão entre a Terra e as Híades – sendo, portanto, uma estrela independente.

Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu noturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização em relação a uma das figuras estelares mais conhecidas do céu. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direção das três estrelas centrais da constelação de Orion (designadas popularmente por “três Marias” ou “Três reis Magos”), da esquerda para a direita (no hemisfério norte) ou da direita para a esquerda, no hemisfério sul – Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. Pode ser vista em Portugal (zona média do hemisfério norte) de Outubro a Março.

Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da seqüência principal do Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o hidrogênio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de UA). Atualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio, da qual resultam cinzas de Carbono e Oxigênio. O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3 × 107 km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior). As medições efetuadas pelo satélite Hipparcos localizam a estrela a 65,1 anos-luz da Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente variável, do tipo variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude. Outras fontes [1] referem que se situa a 72 anos-luz da Terra e que é 360 vezes mais luminosa que o Sol (outras, ainda, referem apenas 100 vezes mais luminosa). Em 1997, uma equipa de astrônomos (incluindo Artie P. Hatzes e William D. Cochran) anunciou a descoberta de um corpo satélite que pode ser um grande planeta ou uma anã castanha que terá, no mínimo, 11 vezes a massa de Júpiter e que orbitaria a uma distância de 1.35 UA. A descoberta não foi, contudo, ainda confirmada por outros astrônomos, sendo referidas outras explicações para os dados apresentados.

Em termos astrológicos, Aldebarã é considerada uma estrela propícia, portadora de honra e riqueza. Segundo Ptolomeu, é da natureza de Marte. O astrólogo e alquimista Cornelius Agrippa escreveu que "o talismã feito sob Aldebarã com a imagem de um homem voando, confere honra e riqueza.

É uma das quatro “estrelas reais” (a guardiã do leste), assim designadas pelos Persas, cerca de 3000 a.C.. Também como guardiã do leste corresponde, na tradição, ao arcanjo Miguel ("o que é como Deus"), o Comandante dos Exércitos Celestes. Indicou o equinócio de outono no hemisfério norte em uma fase inicial da história a que se referem escrituras védicas.

Para os cabalistas é associado à letra inicial do alfabeto hebraico, Aleph, e, portanto à primeira carta do Tarô, O Mago. Segundo a mitologia própria da Stregheria, ou bruxaria tradicional italiana, Aldebarã é um anjo caído que, durante o equinócio da Primavera, marca a posição de Guardião da porta oriental do céu.

A simbologia do corpo - Vesícula Biliar

O fígado, órgão tesouro entre os chineses, transmite seu poder “luz” ao seu órgão oficina, a vesícula biliar que, tradicionalmente, é sede do discernimento.

Nas perspectivas daquilo que os chineses chamam as seis “entranhas curiosas”. A vesícula biliar faz par com o útero. Enquanto esse último, no nível do triangulo inferior, é “invólucro de água”, a vesícula biliar – no nível do triângulo da Forja - é “invólucro de fogo”. Ela contém o fogo divino!

Quando cristo está nas águas do batismo, o fogo divino desce: “O céu se abre, o Espírito Santo desce sobre Ele sob a forma de uma pomba e do céu vem uma voz: Tu és o meu filho bem-amado, tens toda a minha benevolência” (Lc, III:22). A Trindade divina manifesta-Se, designando Aquele que, daí em diante, irá batizar não mais com água, mas com fogo.

A vesícula biliar é a matriz desse estágio; essencialmente, ela é o alto lugar do batismo de fogo. Os chineses chamam-na de “retidão mediana”. Ela tem a função de árbitro: decide e julga. Todas as outras funções obedecem a ela; ela assume a responsabilidade disso. Ela é o caminho do “Justo Meio”. Compreende-se a importância que reveste esse órgão na região do “Império do Justo Meio”.

Entre os hebreus, é com a bílis e o fígado do grande peixe das profundezas que Tobias curará os olhos de seu pai.

A maior parte das doenças do fígado e da vesícula biliar vem de uma recusa de aí “ver claro”, recusa de discernimento, recusa de retidão profunda que, aqui, não diz respeito mais a uma virtude moral, mas à busca do caminho “Mi” exigindo o batismo de fogo. Essa recusa só pode acarretar um bloqueio às tomadas de decisões justas. Ela torna as situações pesadas. Dessa forma torna-se evidente que, para ver a luz, é preciso antes descer às profundezas da Terra que encobre as suas energias. Isso se torna possível pela experiência do “principio da luz” vivida no nível do Thabor-umbigo.