segunda-feira, 20 de junho de 2011

Consagração de LUGARES, SOLO, CÍRCULO, Etc.

Quando quiseres consagrar um local ou um círculo, deverás tomar a oração de Salomão usada na dedicação e na consagração do templo. Deverás também abençoar o lugar aspergindo água benta e fazendo sufumigações, e, na ação de graças, celebrar os mistérios santos tais como a santificação do trono de Deus, do monte Sinai, do tabernáculo da aliança, do santo dos santos, do templo de Jerusalém; também da santificação do monte Gólgota pela crucificação de Cristo, a santificação do templo de Cristo, etc. deves também invocar todos os nomes divinos relacionados a isto, como o lugar de Deus, o trono de Deus, o assento de Deus, e outros nomes divinos deste tipo, que devem ser escritos ao redor do circulo ou do lugar a ser consagrado.

Na consagração de instrumentos e de cada coisa usada nesta arte, deverás proceder da mesma maneira, aspergir com água benta, fazer sufumigação, ungir com azeite santo, selar com um selo sagrado, abençoá-los com oração e celebrar coisas sagradas tiradas das Escrituras, juntarem nomes divinos correspondentes às coisas a serem consagradas, como, por exemplo, na consagração da espada devemos nos lembrar do trecho do Evangelho: “aquele que tem dois mantos”, etc., e do trecho do segundo livro dos Macabeus, onde se fala que uma espada foi enviada por intervenção divina para Judas Macabeu, e se há algo semelhante nos profetas, como: “tomai espadas de dois fios”, etc. E deves também consagrar da mesma maneira as experiências e os livros, e coisas como escritos, desenhos, etc., aspergindo-os, perfumando, ungindo, selando, abençoando, junto com celebrações sagradas e chamando à lembrança a santificação dos mistérios, como a tábua dos dez mandamentos entregue por Deus a Moisés no monte Sinai, a santificação do Velho e do Novo Testamento, assim como da lei, dos profetas e das Escrituras reveladas pelo espírito santo. Deves mencionar nomes divinos convenientes a isso, como o testamento de Deus, o livro de Deus, o livro da vida, o conhecimento de Deus, a sabedoria de Deus e outros. A consagração pessoal é realizada com ritos deste tipo.

Além desses, há outro rito de consagração, poderosíssimo e muito eficaz. É baseado no sobrenatural, transferindo o rito da consagração ou o resultado de qualquer sacramento da Igreja para a coisa que queremos consagrar.

Devemos dizer que juramentos, oblações e sacrifícios também têm o poder real e pessoal de consagração. São combinações entre os nomes com os quais são feitos e nós que o fazemos, carregadas com o desejo intenso dos efeitos que pretendemos, como quando sacrificamos usando certos nomes ou fumigações, unções, anéis, imagens, espelhos e algumas coisas menos materiais, como caracteres, selos, pentáculos, encantamentos, orações, desenhos e escrituras Sagradas.

Consagração do AZEITE

Na consagração do azeite e dos perfumes devemos mencionar coisas que sejam consonantes com este propósito, como o azeite sagrado para a unção mencionada no Êxodo, os nomes divinos que o indicam. Assim é o nome de Cristo, que significa o ungido, e todo o mistério relativo ao azeite encontrado nas Escrituras, como as duas oliveiras mencionadas no Apocalipse que destilam o azeite sagrado para as lamparinas que ardem perante a face de Deus.

Consagração do FOGO

Na consagração do fogo devemos celebrar que Deus criou o fogo pêra ser seu instrumento de execução da justiça, para o castigo, a vingança e a expiação de pecados. Quando Deus vier para julgar o mundo, enviará uma conflagração de fogo diante de Si. Devemos mencionar também que Deus aparecerá a Moisés numa sarça ardente e que caminhou diante dos filhos de Israel numa coluna de fogo, e que nada pode ser devidamente oferecido, santificado ou sacrificado sem o fogo; e como Deus instituirá o fogo permanentemente aceso no tabernáculo da aliança, e como reacenderá este fogo milagrosamente quando fora apagado, e como em outra ocasião protegeu-o aceso escondido nas águas, e coisas desse tipo. Devem ser invocados também os nomes de Deus consonantes com isto, pois lemos na lei dos profetas que Deus é o fogo que tudo consome, e outros nomes divinos que signifiquem fogo, como gloria de Deus, luz de Deus, esplendor e resplandecência de Deus, etc.

Consagração da ÁGUA

Na consagração da água devemos celebrar que Deus colocou o firmamento em meio às águas, assim como colocou a fonte das águas no paraíso terrestre, de onde surgiram os quatro rios sagrados que irrigaram a terra inteira (Píson, Gion, Tigre e Eufrates). Devemos também lembrar que Deus fez das águas seu instrumento de justiça, destruindo os gigantes quando o dilúvio cobriu a face da terra inteira, que destroçou os exércitos do Faraó no mar Vermelho, que conduziu os filhos de Israel pelo deserto e pelo meio do leito do rio Jordão, que fez jorrar água, milagrosamente, das pedras no deserto, que, respondendo à prece de Sansão, fez jorrar água da mandíbula de um asno, que fez da água seu instrumento de misericórdia e salvação para expiar o pecado original, que Cristo foi batizado no rio Jordão e com isto santificou e purificou as águas. Devemos também invocar certos nomes divinos correspondentes, como os que significam que Deus é a fonte da vida, água vivificadora, fonte de misericórdia e nomes desse tipo.

Sobre a Consagração de todos os Instrumentos e os Materiais Mágicos

A virtude das consagrações consiste principalmente em duas coisas, ou seja, o poder da pessoa que faz a consagração e a virtude da oração pela qual se faz a consagração.

Exige-se firmeza, fidelidade e vida santa da pessoa que faz a consagração. Ela deve crer com fé indubitável na virtude, no poder e no efeito da consagração.

A oração usada para a consagração é criada por inspiração divina ou composta de diversos trechos das Escrituras Sagradas que celebrem alguns dos extraordinários milagres de Deus, efeitos, promessas, sacramentos e coisas sacramentais, os quais existem em profusão.

Devem-se invocar nomes divinos que tenham correlação com o trabalho em questão, assim como aspergir com água benta fazendo ações de graça e expiações, ungir com azeite santo e fazer sufumigações aromáticas. Em cada consagração geralmente se abençoam e se consagram a água, a terra, o azeite, o fogo e sufumigações, etc., na presença de velas ou lamparinas acesas, pois sem luzes nenhuma consagração pode ser realizada apropriadamente. Deves observar especialmente o seguinte: quando pretenderes usar alguma coisa impura (a que chamamos de profana), antes de qualquer coisa deve purificá-la por um exorcismo composto especialmente para este propósito. Purificadas, estas coisas estarão em ótimas condições de receber influencias da virtude divina. Deves observar também que no final de uma consagração, depois de realizada corretamente a oração, o operador deve abençoar as coisas consagradas emitindo alguma sentença com virtude e autoridade, e assim encerrar a cerimônia devidamente com uma disposição sincera e atenciosa. Agora mencionarei em alguns novos posts a melhor forma de conduzir ao procedimento correto.

domingo, 19 de junho de 2011

Aldebaran

Alpha Tauri (α Tau) conhecida como Aldebarã ou Aldebaran é a estrela mais brilhante da constelação Taurus. É também designada pelos nomes de Cor Tauri; Parilicium ou ainda, pelos códigos HR 1457 e HD 29139. Na Grécia antiga era conhecida como "tocha" ou "facho".

Se imaginarmos a imagem sugerida para a constelação, a estrela ocupará sensivelmente a posição do olho esquerdo do Touro mítico. O seu nome provém da palavra árabe الدبران al-dabarān que significa "aquela que segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado estelar das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu noturno. Quase parece que Aldebarã pertence ao mais disperso dos enxames estelares (as Híades) que constitui, também, o aglomerado mais próximo da Terra. Contudo, a maior parte dos autores crê que, na verdade, está apenas localizada na mesma direção da linha de visão entre a Terra e as Híades – sendo, portanto, uma estrela independente.

Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu noturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização em relação a uma das figuras estelares mais conhecidas do céu. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direção das três estrelas centrais da constelação de Orion (designadas popularmente por “três Marias” ou “Três reis Magos”), da esquerda para a direita (no hemisfério norte) ou da direita para a esquerda, no hemisfério sul – Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. Pode ser vista em Portugal (zona média do hemisfério norte) de Outubro a Março.

Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da seqüência principal do Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o hidrogênio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de UA). Atualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio, da qual resultam cinzas de Carbono e Oxigênio. O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3 × 107 km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior). As medições efetuadas pelo satélite Hipparcos localizam a estrela a 65,1 anos-luz da Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente variável, do tipo variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude. Outras fontes [1] referem que se situa a 72 anos-luz da Terra e que é 360 vezes mais luminosa que o Sol (outras, ainda, referem apenas 100 vezes mais luminosa). Em 1997, uma equipa de astrônomos (incluindo Artie P. Hatzes e William D. Cochran) anunciou a descoberta de um corpo satélite que pode ser um grande planeta ou uma anã castanha que terá, no mínimo, 11 vezes a massa de Júpiter e que orbitaria a uma distância de 1.35 UA. A descoberta não foi, contudo, ainda confirmada por outros astrônomos, sendo referidas outras explicações para os dados apresentados.

Em termos astrológicos, Aldebarã é considerada uma estrela propícia, portadora de honra e riqueza. Segundo Ptolomeu, é da natureza de Marte. O astrólogo e alquimista Cornelius Agrippa escreveu que "o talismã feito sob Aldebarã com a imagem de um homem voando, confere honra e riqueza.

É uma das quatro “estrelas reais” (a guardiã do leste), assim designadas pelos Persas, cerca de 3000 a.C.. Também como guardiã do leste corresponde, na tradição, ao arcanjo Miguel ("o que é como Deus"), o Comandante dos Exércitos Celestes. Indicou o equinócio de outono no hemisfério norte em uma fase inicial da história a que se referem escrituras védicas.

Para os cabalistas é associado à letra inicial do alfabeto hebraico, Aleph, e, portanto à primeira carta do Tarô, O Mago. Segundo a mitologia própria da Stregheria, ou bruxaria tradicional italiana, Aldebarã é um anjo caído que, durante o equinócio da Primavera, marca a posição de Guardião da porta oriental do céu.

A simbologia do corpo - Vesícula Biliar

O fígado, órgão tesouro entre os chineses, transmite seu poder “luz” ao seu órgão oficina, a vesícula biliar que, tradicionalmente, é sede do discernimento.

Nas perspectivas daquilo que os chineses chamam as seis “entranhas curiosas”. A vesícula biliar faz par com o útero. Enquanto esse último, no nível do triangulo inferior, é “invólucro de água”, a vesícula biliar – no nível do triângulo da Forja - é “invólucro de fogo”. Ela contém o fogo divino!

Quando cristo está nas águas do batismo, o fogo divino desce: “O céu se abre, o Espírito Santo desce sobre Ele sob a forma de uma pomba e do céu vem uma voz: Tu és o meu filho bem-amado, tens toda a minha benevolência” (Lc, III:22). A Trindade divina manifesta-Se, designando Aquele que, daí em diante, irá batizar não mais com água, mas com fogo.

A vesícula biliar é a matriz desse estágio; essencialmente, ela é o alto lugar do batismo de fogo. Os chineses chamam-na de “retidão mediana”. Ela tem a função de árbitro: decide e julga. Todas as outras funções obedecem a ela; ela assume a responsabilidade disso. Ela é o caminho do “Justo Meio”. Compreende-se a importância que reveste esse órgão na região do “Império do Justo Meio”.

Entre os hebreus, é com a bílis e o fígado do grande peixe das profundezas que Tobias curará os olhos de seu pai.

A maior parte das doenças do fígado e da vesícula biliar vem de uma recusa de aí “ver claro”, recusa de discernimento, recusa de retidão profunda que, aqui, não diz respeito mais a uma virtude moral, mas à busca do caminho “Mi” exigindo o batismo de fogo. Essa recusa só pode acarretar um bloqueio às tomadas de decisões justas. Ela torna as situações pesadas. Dessa forma torna-se evidente que, para ver a luz, é preciso antes descer às profundezas da Terra que encobre as suas energias. Isso se torna possível pela experiência do “principio da luz” vivida no nível do Thabor-umbigo.

Mensagens para Refletir

Buda estava reunido com seus discípulos certa manhã,

quando um homem se aproximou.

- Existe Deus? – perguntou.

- Existe – respondeu Buda.

Depois do almoço, aproximou-se outro homem.

- Existe Deus? – quis saber.

Não, não existe – disse Buda.

No final da tarde, um terceiro homem fez a mesma pergunta:

- Existe Deus?

-Você terá que decidir – respondeu Buda.

-Mestre que absurdo! – disse um dos seus discípulos – Como

o senhor dá respostas diferentes para a mesma pergunta?

- Porque são pessoas diferentes – respondeu o Iluminado.

- E cada uma se aproximará de Deus à sua maneira:

através da certeza, da negação e da dúvida.

sábado, 18 de junho de 2011

Os Sete Céus

Os céus de deus são estados de consciência ou planos de existência onde se manifesta a Inteligência Criadora. É o que se fala das moradas da casa do Pai.

Há uma infinidade de céus, mas o Zohar é “modesto” ao considerar apenas 390 céus e 70000 mundos. De acordo com uma lenda hebraica existem 955 céus.

As autoridades judaico-cristãs foram muito mais modestas ao abraçarem o conceito de 07 céus. Este dogma faz parte também das crenças humanas. Os persas e os babilônicos acreditavam nos 07 céus, onde habitavam as suas divindades. Os persas concebiam o sétimo céu como morada do criador, que aí se encontrava num enorme trono rodeado por Querubins.

v Primeiro Céu – Shamain, Vilon ou Yeriot (Cortina ou Tenda)

Designado por Shamain, Vilon ou Yerot em hebraico, tendo como príncipe regente SIDRIEL, apesar de segundo algumas autoridades seja indicado que seja GABRIEL como regente do Primeiro Céu. É neste céu, segundo a tradição que moram Adão e Eva. De acordo com Enoch é neste céu que se guarda a neve, o gelo, as nuvens e o orvalho. Ele viu aqui, também, 200 anjos que regem as estrelas. Neste céu encontra-se a Arca do Pacto Celestial que ilumina o mundo. Ao amanhecer, como uma cortina que se abre, permite que a luz do dia comece a brilhar, e a noite, ela se fecha impedindo a luz do Sol de chegar a terra. Desta maneira, este céu renova a cada dia o trabalho da Criação.

v Segundo Céu – Raqya (Firmamento ou Expansão)

Raqya é o seu nome em hebraico e o seu príncipe regente é BARAKIEL, embora existam divergências que afirmas que seja RAFAEL como também ZAKARIEL. Quando Moisés visitou a morada divina passou pelo segundo céu, onde se encontrou frente a frente com o anjo NURIEL, que tem mais de 300 pés de altura (Titãs Cósmicos), o que torna numa das mais pequenas expressões energéticas do Criador. Neste encontro com Moisés, NURIEL estava acompanhado por 50 Hostes Angelicais, todas formadas a partir de Fogo e Água. De acordo com a tradição judaica é no segundo céu que estão presos os anjos caídos, que tiveram relações sexuais com as mulheres humanas, o que lhes estava proibido, e todos os dias eles são “açoitados” por causa deste pecado. O Segundo Céu é o lugar onde Deus também colocou os Planetas.

v Terceiro Céu – Shehaquim (Pulverizadores ou Nuvens)

Chama-se Shehaquim em hebraico e o seu príncipe regente é BARADIEL, mas existem divergências sobre a regência desse céu, onde alguns afirmam que a sua regência seja atribuída a ANAEL. Na região norte do céu encontra-se os Infernos. Segundo o patriarca Enoch, o Paraíso, com a Árvore da Vida encontra-se no Terceiro Céu. Quando Deus visita este céu, senta-se à sombra para descansar. Entre os príncipes regentes do paraíso estão MIGUEL, GABRIEL, ZATIEL, ZEFON e AZRAEL, que é um dos anjos da Morte.

v Quarto Céu – Zebul ou Zevul (Templo – Casa)

Zebul ou Zevul é o seu nome em hebraico. É regido por ZAHAQUIEL e MIGUEL. Diz que a Jerusalém Celeste (Yerushalaim) se encontra neste céu, tal como o Templo e o Altar de Deus (O Conselho Cósmico do Sol). A Jerusalém Celeste é construída como a Jerusalém Terrestre, mas ao invés de elevar-se pedra sobre pedra, como esta última, está sendo levantada através das ações de bondade, verdade e justiça entre os seres humanos.

v Quinto Céu – Maon (Habitação – Morada)

De nome Maon em hebraico, sendo regido pelo príncipe TZADKIEL. Segundo outras autoridades, o quinto céu é regido por SANDALPHON, que, de acordo com a Cabala, rege a Terra e é conhecido universalmente como o Anjo das Lágrimas. É uma habitação para multidões de anjos (Malachim) que entoam canções, com música e instrumentos durante a noite, porem, permanece em silencio durante o dia.

v Sexto Céu – Machon ou Shmei haShamain (Habitação ou Fundação)

Machon ou Shmei haShamain é a designação desse céu em hebraico. É regido por GABRIEL ou TZADKIEL. Outras autoridades atribuem-lhe a regência de CASSIEL. Aqui se guarda todos os infortúnios da Humanidade, como furacões, pragas, terremotos e outros fenômenos naturais, tidos como de origem divina. Machon encontra-se abaixo do Kissê haKavod (Trono do Esplendor) do Eterno.

v Sétimo Céu – Aravot (Salgueiros ou Janelas)

Chamado de Aravot em hebraico tem como príncipe regente MIGUEL. Outras autoridades atribuem-lhe a regência de CASSIEL. Aqui vivem os espíritos dos seres humanos que ainda não nasceram. Foi no sétimo céu que Isaias escutou Deus estabelecer o plano da vinda de Jesus a Terra. É a morada dos Serafins e das Protestados e do anjo ZAGZAGUEL, príncipe das leis divinas. É o terceiro livro de Enoch, a fonte dos nomes dos príncipes regentes dos sets céus.

Metraton (Mittraton) revela a Enoch os segredos da hierarquia angelical e a estrutura das hostes angelicais, a quem Metraton chama “Os Celestes”. Estes celestes são a mão de Deus que opera nos mundos. Também, sendo eles as consciências angelicais intermediarias entre o homem e os anjos, dividem-se em hierarquias de ação, reveladas a Moisés. A primeira é a Hierarquia dos Guardiões, onde se inserem os Vigilantes que Enoch fala.

Depois temos a Hierarquia das Muralhas de Diamante, equivalente aos arcanjos e ao príncipe MIGUEL. Vem a seguir a Hierarquia dos Messiah e tem que ver com a Hierarquia do Cristo Cósmico, OUDHAMA MAEL, sendo essas Três Esferas a Orientação Hierárquica dada aos Mundos Regentes do Plano Divino. Como expressão da Hierarquia dos Messiah temos ADONIESIS ou ADONAI. Os príncipes regentes dos sete céus tê, sob as suas ordens os seguintes SARIM ou príncipes angelicais.

ü GALLALIEL, que tem a seu cargo a Esfera do Sol;

ü OFANIEL, que tem a seu cargo o Orbe da Lua;

ü RAHATEL, que tem a seu cargo as constelações;

ü KOKABIEL, que tem a seu cargo as estrelas.

A simbologia do corpo - Fígado

O fígado - Caved dbk (daleth – beit – caph) - é um termo que significa também “peso, gravidade, riqueza, poder...”. Exprime essencialmente a sede do Poder divino, a da Sua Glória, tão pesada que quando ela penetrava antigamente a tenda da reunião dos hebreus no Sinai, nenhum homem podia entrar nesse recinto.

O fígado é o lugar do corpo onde se enceleira a luz do comprido.

E, quando “tudo se cumpriu” (Jo, XIX:30), o fígado torna-se pesado da riqueza de hwhy e é a Ressurreição, a passagem pela “Porta dos Deuses”.

O termo Caved dbk tem como valor 20 + 02 + 04 = 26, que é o número sagrado de hwhy. De valor e potência iguais aos do NOME, o fígado é chamado a enriquecer-se com o NOME, a adquirir a totalidade das suas energias. Quando não enchemos o fígado com essa riqueza, nos o tornamos pesado de alimentos físicos ou psíquicos, que constituem outros tantos entraves para a sua realização.

Toda emoção: cólera, medo, ciúme, etc., nos leva a “roer o fígado”.

Jejuemos e oremos, e a Glória divina penetrará. O jejum, seja ele da alimentação física ou do pensamento, deve ser imperativamente acompanhado da oração, senão ele pode abrir o fígado à invasão das forças espirituais diabólicas, enquanto nem tudo tiver sido realizado e enquanto Satanás ainda for o senhor em algum lugar.

Então a sorte desse homem é ainda pior que a que ele conhecia anteriormente” (Lc, XI:25-26).

Sobrecarregar o nosso psiquismo pesado com as preocupações ou com as penas – assim como com as alegrias! -, as quais dão o peso que deveria ser dado à luz divina, é fechar a porta a essa luz e não dar nenhuma possibilidade de transmutação para as energias, que assim são postas em jogo.

O meu jugo é doce e o meu fardo é leve” (Mt XI:30), diz Cristo, pois a mais dura provação carrega em si, na perspectiva dessa transformação, o seu peso de realização.

Toda doença carrega em si o seu germe de cura.

No inicio, ela é uma energia pervertida que pede para ser convertida em luz, nossa medicina ocidental só busca a cura no exterior do Homem. As medicinas que obedecem à Tradição, entre as quais a acupuntura chinesa, e que repõem em lugar harmonioso as energias desorganizadas, não apenas buscam a cura no Homem, mas levam-no a interrogar-se sobre a linguagem da sua doença.

O fígado (do latim fícus, “figueira”) tem certamente uma analogia com essa árvore. A figueira aparece muitas vezes nos nossos textos bíblicos, mas por 03 vezes, em circunstancias que vão clarear esse assunto:

v No Gênesis, depois da queda, Adão e Eva “cosem uma folha de figueira e com ela fazem cintos para si” (Gn III:7).

O versículo pode muito bem ser lido dessa maneira: “Fazem crscer uma escalada de desejo e fazem para si (trabalham para si mesmos, e não mais para Deus) exteriores a eles. Pois a mesma palavra hebraica Teemah hnat designa a “figueira” e o “desejo”; a mesma palavra hlx Aleh designa a “folha” e a “escalada”.

A palavra “cintos” – Hagaroth trgh – é então posta em aposição a “eles”, Adão e Eva, e qualifica o retorno que o Homem conhece depois da queda, de que falarmos e de que teremos de falar novamente a respeito da “carne” – rwb. O Homem torna-se “estranho” a si mesmo, da raiz Rrg Guer que está no centro do termo “cinto”.

v Nos Evangelhos: “Cristo tem fome. Percebe ao longe uma frondosa figueira. Ele vai ver se ai encontra alguma coisa, mas só encontra folhas. Não era tempo dos figos. Então, Ele diz à figueira: que ninguém nunca coma do teu fruto. E a figueira logo secou até as raízes” (Mc, XI: 12 e 20).

Simbolizando a figueira o desejo, e as folhas o impulso do desejo, seu fruto é a sua realização. Aquele que não impulsiona o seu desejo para Deus, mas para o mundo, obedece à lei das estações: “Enquanto houver dias (tempos), a semeadura e a messe, o verão e o inverno não cessarão”, prometeu Deus a Noé (Gn, VIII:22). O que não impulsiona o seu desejo para Deus dá o seu fruto em qualquer estação. Deus maldiz a figueira do mundo.

v Cristo compara, enfim, os acontecimentos do fim dos tempos – ou fim dos dias – à evolução da figueira: “Quando ela começa a desabrochar, conheceis que está perto o estio. Assim também, quando virdes que acontecem essas coisas, sabeis que está próximo o reino de Deus” (Lc, XXI:30 e 31).

Na confluência dessas três narrativas, a figueira aparece ligada ontologicamente ao desejo que o Homem tem do Esposo divino, e, portanto, à sua realização no Yod.

O simbolismo do fígado-ficus-figueira encontra aí sua confirmação: é o lugar da subida das energias: energias psíquicas, e é a “maldição”, energias ontológicas – desejo, amor de Deus -; e o fígado dá o seu fruto Tov bve, realização. Quando tudo está realizado, o Yod nasce.

Entre os chineses, o fígado é o “escudo que serve para proteger”, ele se liga nesse sentido à letra hebraica Teth e, cujo grafismo é o de um escudo desenhado por uma serpente que morde a própria cauda. Essa letra simboliza as energias realizadas, “escudadas”. Tem como valor o 09, símbolo da perfeição e preside a palavra Tov bve. O Teth e, 09, precede o Yod, 10, é o escudo diante da Espada.

O número 12

O mistério que se diz ao número 12 se dá pela relação entre o abstrato e o concreto, entre a Trindade (03) e o mundo material (04). Tal número é o resultado da interação entre o 04 e o 03, a manifestação do espiritual no material.

Eis alguns exemplos em que o número 12 se encontra:

· Jesus (Yeshua) escolheu 12 discípulos: Pedro (Kepha – pedra em hebraico); André (coragem em grego); Tomé; Filipe; Mateus, o Evangelista; Bartolomeu; Tiago, filho de Zebedeu; Tiago, filho de Alfeu; Simão; Judas Tadeu; João; Judas Iscariotes; Paulo. Após a morte de Judas Iscariotes, foi preenchida a vaga por Matias. Os 12 apóstolos simbolizam o espiritual (ensinamentos) ministrado aos 04 cantos do mundo.

· Existem 04 estações no ano, onde cada uma tem um período de03 meses de duração (04x03=12).

· O zodíaco é dividido em 12 esferas: Aries (Arietis); Taurus (Tauri); Gemini (Geminorum); Câncer (Cancri); Leo (Leonis); Virgo (Virginis); Libra (Librae); Scorpius (Scorpii); Sagittarius (Sagittarii); Capricornus (Capricornii); Aquarius (Aquarii) e Pisces (Piscium).

· Jacó (Yaacov) teve 12 filhos: Aser; Benjamin; Dã; Gad; Issacar; José; Judá; Levi; Naftali; Rubem; Simeão e Zebulão.

· Jacó (Yaacov) usava um peitoral incrustado com 12 pedras: esmeralda, Topázio, Sardônica, Diamante, Safira, Carbúnculo, Ametista, Jacinto, Ágata, Jaspe, Coralina e Crisólito.

· O panteão grego é formado por 12 divindades maiores.

· Em sânscrito o Sol tem 12 nomes que são utilizados como mantras.

Om Mitraya Namah

Om Ravayeh Namah

Om Suryaya Namah

Om Bhrna Veh Namah

Om Khgaya Namah

Om Pushne Namah

Om Hiranya Garbhaya Namah

Om Marichaye Namah

Om Adityaya Namah

Om Savitre Namah

Om Arkaya Namah

Om Bahskaraya Namah

· Na mitologia japonesa, o Criador está sentado sobre 12 almofadas sagradas e segundo a tradição coreana o mundo está dividido em 12 regiões.

· A Tábua das Esmeraldas, deixadas pelo deus Toth (Hermes) contem 12 proposições essenciais que cabe ao discípulo descobri-las e estudá-las.

· Moisés recebeu na verdade 12 mandamentos, e não 10. Mas os 02 mandamentos foram perdidos e permanecerão ocultos até que o homem esteja preparado para recebê-los.

· Na acupuntura se baseia no Yin/Yang e no fluxo de energia. A energia flui por 12 meridianos.

· No alfabeto hebraico possui 03 letras mães, 07 letras duplas e 12 letras simples.

· Na homeopatia Schussler descobre que a célula depende de 12 substancias dos quais preparou 12 remédios.

· O dia é dividido em 12 horas, assim como a noite.

· Após a multiplicação dos Paes encheram-se 12 cestos com a sobra.

· No Antigo Testamento contam-se 12 profetas menores: Oseías, Joel, Amos, Abdias, Jonas, Miqueis, Nahum, Habacuc, sofronio, Ageu, Zacaris e Malaquias.

· A 12ª carta do taro é o enforcado e o seu significado iniciatico é o Messias (Sacrifício)

· Júpiter demora 12 anos para completar o seu curso. A Lua percorre todo dia 12º graus.

· No corpo humano existem 12 principais juntas: mãos, cotovelos, ombros, coxas, joelhos e vértebras dos pés.

· O ano é composto por 12 meses.

· O número de anciões sentados ao lado de Deus é 24 (12x2)

· Deus possui 72 nomes (12x6).